O governo mexicano anunciou na segunda-feira (06) a abertura do mercado para a carne bovina brasileira, por meio do anúncio de requisitos sanitários que estabelecem as condições para a importação do produto, segundo informações em nota divulgada pela Secretaria da Agricultura e Desenvolvimento Rural do México.

Os frigoríficos autorizados em Santa Catarina, estado reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), poderão exportar carne bovina in natura, refrigerada ou congelada com osso para o México.

O México também autorizou a importação de carne bovina brasileira maturada e sem osso dos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e do Distrito Federal. Desses, PR, RS, RO e parte de MT são reconhecidos pela OMSA com livres de aftosa sem vacinação, enquanto as demais unidades da Federação autorizadas pelo México são reconhecidas pela OMSA como livres da doença com vacinação. Acre e parte do Amazonas também possuem o status de livres de aftosa sem vacinação pela OMSA, mas estes estados não foram citados na nota mexicana.

O governo mexicano disse ainda que o Brasil mantém o status de risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (EEB) após a identificação de um caso atípico da doença em um animal de 9 anos em pequena propriedade rural no Pará no mês passado.

“Para autorizar a entrada de carne bovina brasileira no México, o Senasica (Serviço Nacional de Saúde, Segurança e Qualidade Alimentar) considerou também a transparência com a qual o Ministério da Agricultura do Brasil tratou a suspeita de EEB denunciada no fim de fevereiro, bem como a robustez demonstrada por seus Serviços Veterinários na rápida detecção do caso e adoção de medidas de segurança indicadas em tempo hábil”, disse a Secretaria da Agricultura mexicana.

A abertura de mercado para a carne brasileira ocorre em momento em que o México busca diversificar as fontes de importação de carnes, como parte dos esforços para reduzir a inflação e o alto custo da cesta básica no país.

Fonte: CarneTec